Polícia prende “Tio Doni”, acusado de ser membro do PCC e de ordenar mortes de autoridades

Uberlândia (MG) – Uma megaoperação integrada entre forças policiais estaduais e federais resultou, nesta terça-feira 25, na prisão de um homem identificado como Cristhian Thomas Vieira, conhecido como “Tio Doni”, conhecido como “Tio Doni”, que tinha um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara de Execução Penal do Mato Grosso do Sul. Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil de Minas Gerais, ele seria um dos principais articuladores da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na região do Triângulo Mineiro.

De acordo com as investigações, “Tio Doni” é apontado como suspeito de ter participado do planejamento de ataques contra autoridades públicas, incluindo supostas ordens de execução de juízes e promotores que atuam em processos envolvendo integrantes da facção. As autoridades ressaltam que as apurações seguem em sigilo e que todas as acusações ainda estão sob análise judicial.

Batizada de Operação Colossal, a ação mobilizou dezenas de agentes, drones, helicópteros e veículos blindados. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversos endereços em Uberlândia e em cidades próximas.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos documentos, celulares, computadores e valores em dinheiro que, segundo a polícia, podem ajudar a mapear a estrutura financeira da organização criminosa na região.

Risco elevado

Fontes da segurança pública afirmam que o preso seria responsável pela articulação de ordens provenientes de lideranças encarceradas em presídios federais. Investigações anteriores já indicavam um possível plano para ataques contra membros do Judiciário e do Ministério Público, o que elevou o nível de alerta entre autoridades estaduais e federais.

O delegado responsável pelo caso declarou:

“Trata-se de um alvo considerado de extrema relevância dentro da facção. Nosso objetivo é desarticular comandos externos que tentam influenciar ações criminosas em Minas Gerais.”

A prisão gerou repercussão imediata entre instituições do sistema de Justiça. Entidades representativas de magistrados e promotores emitiram notas reforçando a necessidade de proteção aos profissionais ameaçados e elogiando a atuação policial.

O Ministério Público afirmou que continuará colaborando com as investigações e reforçou que qualquer tentativa de intimidação não interferirá no andamento de processos envolvendo organizações criminosas.

“Tio Doni” foi encaminhado para um presídio de segurança máxima em local não divulgado. A defesa do suspeito ainda não se manifestou publicamente. Ele deverá passar por audiência de custódia nas próximas horas.

As autoridades destacam que novas fases da operação podem ser desencadeadas nos próximos dias, com foco na prisão de outros possíveis envolvidos.

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